CALIBRAÇÃO E REGULAÇÃO DO PULVERIZADOR ARBUS-400 CAFÉ
1.
Conceitos:
Regulagem
é preparar o pulverizador para atender o objetivo de pulverização, fazendo com
que suas principais funções sejam reguladas de acordo com a cultura a qual se
deseje aplicar a calda do defensivo.
Calibração,
já se define pelos ajustes finos, como determinação da pressão e do volume de
aplicação.
2. Principio
de funcionamento de pulverizador turbo atomizador: Consiste em injetar
uma pequena quantidade de calda em uma
corrente de ar. O fluxo de ar é gerado por um ventilador de rotor radial (centrífugo)
e normalmente no final do tubo condutor (bico) há uma diminuição do diâmetro além
de aumentar a velocidade fluxo de ar serve também para carregar e orientar as
gotas formadas em direção ao alvo. As gotas formadas têm um diâmetro médio
volumétrico que pode variar menor que 100 a maiores que 450 µm.
A vazão pode variar de acordo com a regulagem do comando defensivo, quando diluído
em água e ou óleo. São usados em culturas arbustivas nas quais o efeito da
corrente de ar serve para aumentar a penetração e coberturas nas folhas
internas da copa. Pode ser motorizado, costal, o canhão tratorizado.
3. Objetivo:
Fazer a calibração
e regulagem do pulverizador arbus, de acordo com a cultura,
determinação do volume de aplicação, determinação da velocidade de trabalho,
determinar a pressão adequada, verificar se o alvo foi atingindo através do
cartão hidrossensível.
1.
Parâmetros e equipamentos utilizados:
Quadro
1: equipamentos passiveis de serem utilizados.
Parâmetros
|
Equipamentos
|
Velocidade do
deslocamento
|
Trena, relógio e estacas.
|
Regulagem das
aletas
|
Chave inglesa
|
Vazão de pontas
|
Calibrador de
pulverizador graduado, relógio, cano PVC.
|
Velocidade do
vento
|
|
Tamanho de gotas
|
Lupa, cartão hidrossensível.
|
Demarcação das
partes escolhidas do café
|
Tiras de pano
|
Calculo do volume
|
Calculadora, papel
e caneta.
|
1.
Quadro
2:Descrição do pulverizador
Empresa
|
Máquinas agrícolas Jacto
|
Categoria
|
Pulverizador
atomizador
|
Classe
|
Arbus-400
|
Dimensões
|
|
Largura
|
1,10m
|
Comprimento
|
1,75m
|
Altura
|
1,57m
|
Capacidade
|
|
Tanque
|
400
litros
|
Bicos
|
|
Nº de bicos
|
16
|
Modelo
|
Porta-bico com registro
|
Ramal de bicos
|
Latão
|
Tipo de bico
|
JA-2
|
Bomba
|
|
Modelo
|
JP/75
|
Pressão Max (kgf./cm²/lbf/pol²)
|
35/500
|
Modelo
|
EJ-250
|
Agitador da Calda
|
Com
retorno hidráulico
|
Velocidade de trabalho
|
2 a 6
km/h
|
Especificações
do trator agrícola
|
|
Maquina/empresa
|
Trator Fruteiro/Valmet
|
Potencia (cv)
|
75
|
Ano
|
1989
|
1.
Formulas e fatores de conversões utem:
1bar=14,55
lbf/pol²
1m/s=3,6km/h
1galão(USA)=3,785l/min.
1 ha =10.000m²
Formulas para
calculo de volume de aplicação
Q= Volume de vazão
q= vazão total das pontas
v= velocidade de trabalho
f=faixa de aplicação (metro linear*espaçamento
entre plantas)
1.
Atividade pratica
1-regulagem das aletas, verificar se a
calda atingiram as ponteiras.
2-medição do trajeto que o trator ira
percorrer equivalente a 50 metros
3-escolha de uma planta (café) que
corresponda uniformemente à plantação.
4-cronometrar o tempo que o trator
levou pra percorrer os 50 metros.
5-fazer coletas das pontas, determinar
a vazão, em 30 segundos, depois multiplicar por dois a quantidade coletada no
vaso calibrador.
6-fazer a coleta das amostras em quatro
bicos sendo dois do lado direito e dois do lado esquerdo, na rotação de
trabalho.
2.
Checar a velocidade do deslocamento do
trator
A velocidade e
determinada cronometrando-se uma passada em 50 m, na rotação e velocidade
normal de trabalho. Para obter a velocidade em km/h, basta dividir
180 elo tempo que foi gasto em 50 metros.
1-Marque 50
metros no terreno a ser tratado
2-abasteça o pulverizador
3- selecione a
marcha de trabalho.
4-ligue a toma
de força.
5-acelere
o motor ate a rotação correspondente a 540 RPM na tomada de força.
1.
Quadro
3:
Tempo(s)
|
Escalonamento
|
Trajeto(m)
|
Velocidade (km/h)
|
42,30
|
2º reduzida
|
50
|
5
|
43,35
|
2º reduzida
|
50
|
4,7
|
2. Escolha
da vazão e pressão de trabalho da ponta.
Amostras
|
Vazão(L)/min.
|
1-amostra
|
1,160
|
2-amostra
|
1,100
|
3-amostra
|
1,120
|
4-amostra
|
1,160
|
Media das quatro pontas
|
1,135
|
Media total (14 bicos)
|
15,89
|
3. Determinação da vazão total dos bicos
A vazão necessária
total Q(l/min.) poderá ser obtida a
partir da velocidade do pulverizador
V(km/h), taxa de aplicação necessária
em l/ha onde taxa em litros por
planta, nossa opção em l/ha ou l/plantas, e da largura da rua (m) ou
espaçamento entre plantas na linha E(m) conforme nossa calibragem vai ser feita
em l/ha e l/plantas.
Arbus 400(capacidade/l)
|
400
|
Q(l/plantas)
|
0,196
|
Espaçamento (m²)
|
4*1
|
Velocidade (km/h)
|
4,7
|
Dosagem (l/ha)
|
5
|
Total (l/tanque)
|
4,08
|
5. Determinação dos tipos de ponta.
Vazão dos Bicos - Série JÁ
|
||||||||||
Bico
|
Pressão em lbf/pol2
|
|||||||||
Cor
|
Código
|
60
|
90
|
120
|
150
|
180
|
210
|
240
|
270
|
300
|
Vazão em litros/minuto
|
||||||||||
Branco
|
JA -
0,5
|
0,25
|
0,30
|
0,34
|
0,38
|
0,41
|
0,45
|
0,47
|
0,50
|
0,53
|
Azul
|
JA – 1
|
0,32
|
0,38
|
0,42
|
0,50
|
0,52
|
0,55
|
0,60
|
0,63
|
0,72
|
Marrom
|
JA -
1,5
|
0,43
|
0,52
|
0,59
|
0,66
|
0,71
|
0,77
|
0,82
|
0,87
|
0,90
|
Preto
|
JA – 2
|
0,64
|
0,76
|
0,86
|
1,00
|
1,04
|
1,13
|
1,22
|
1,28
|
1,42
|
Laranja
|
JA – 3
|
0,88
|
1,06
|
1,21
|
1,34
|
1,46
|
1,57
|
1,68
|
1,76
|
1,84
|
Vermelho
|
JA – 4
|
1,25
|
1,51
|
1,72
|
1,91
|
2,07
|
2,22
|
2,34
|
2,42
|
2,54
|
Verde
|
JA – 5
|
1,60
|
1,93
|
2,20
|
2,44
|
2,65
|
2,85
|
3,22
|
3,41
|
3,57
|
Quanto à vazão
individual das pontas, embora a regra básica seja dividir o a vazão total
necessária Q pelo número de pontas que estarão funcionando no pulverizador no
caso de culturas perenes de copa cônica ou trapezoidais como café, maçã, etc. Recomenda-se
ajustar o volume do líquido na cortina de ar proporcionalmente ao volume da
copa da planta, isto é, se a metade inferior da copa ocupa, por exemplo, um
volume de 2/3 do total e a metade superior ocupa um volume de 1/3 do volume
total, os bicos de baixo que cobrirão 50 % da altura da copa devem ter 2/3 da
vazão total, e os bicos que atingirão a metade superior da altura da copa
deverão totalizar 1/3 da vazão total.
- Exemplo de
distribuição de vazão proporcional ao volume da copa
Outro fator importante na pulverização
e a escolha do tipo de bicos,nos pulverizadores atomizadores geralmente são
utilizados bico de jato cone de ponta difusora, e a escolha entre cone cheio e
cone vazio vai depender da largura da rua, e porte da copa ou altura e
enfolhamento, que definirão (após o uso de cartão hidrossensível) o tamanho
mais adequado das gotas.A escolha da combinação
correta de ponta difusor, deve-se verificar nas tabelas de pressão e vazão do manual técnico qual a combinação dará
necessária, numa pressão razoável
6.
Classificação quanto ao formato do jato
Jato Leque Plano
Afilado – As pontas de jato leque plano afilado são as mais comumente
utilizadas em barras de pulverização. Estas pontas produzem um jato de perfil
triangular onde a maior parte da carga é depositada imediatamente abaixo do
bico. As sobreposições dos jatos das pontas leque ao longo da barra permitem
uma distribuição uniforme abaixo dela.
Leque Uniforme – Utilizado com
pulverizadores costais ou outras aplicações individuais. Estas Pontas distribuem
a carga uniformemente ao longo de sua faixa aplicada.
Leque Defletor – Também
conhecido como pontas “bigorna" ou "flood", as pontas defletoras
produzem ângulos maiores do que as pontas leque plano, quando operadas a baixas
pressões (1 a 2 bar).
Cone Cheio – O corte
transversal deste jato é um círculo cheio. Ideal para aplicações localizadas.
Cone Vazio – O corte
transversal deste jato é uma circunferência vazia. Utilizado pulverizadores de
barras tradicionais, quando é necessária uma boa cobertura em copas adensadas.
Jato Sólido – produz um
fluxo reto da ponta de pulverização para o alvo.
Leque Excêntrico – forma um jato
leque plano especificamente desenvolvido para aumentar o alcance da barra.
– Qualidade da Pulverização e as
características de desempenho mais importantes de uma ponta de pulverização
agrícola são o tamanho e a variação das gotas produzidas, ou a qualidade da
pulverização que elas produzem. O desgaste e a compatibilidade interferem
diretamente no resultado da aplicação.
Qualidade do
Spray
|
Tamanho das Gotas (DMV)mm*
|
Capacidade de molhamento
|
Melhor utilização
|
Potencial de deriva
|
|
Muito fina
|
<100
|
Excelente
|
Exceções
|
Alto
|
|
Fina
|
101-200
|
Muito boa
|
Boa
cobertura
|
||
Media
|
201-300
|
Boa
|
Maioria dos produtos
|
||
Grossa
|
301-425
|
Moderada
|
Herbicidas sistêmicos
|
||
Extremamente grossa
|
>425
|
Pobre (baixa)
|
Herbicidas de solo
|
||
Muito pobre
|
Fertilizantes
líquidos
|
Baixo
|
|||
*Diâmetro Médio
Volumétrico
7.
Determinação do volume de aplicação no café
1.1.1. Área experimental:
O experimento foi conduzido numa do campus experimental da Fatec-Pompeia,
localizado na Fundação Shunji Nishimura.
1.1.2. Cultura: A planta
utilizada foi da espécie cofeea arábica, onde
Foi escolhida uma planta que melhor representa a cultura e suas condições
adversa, posto em suas folhas com um grampeador os cartões hidrossensíveis.
1.1.3. Setores de
amostragem da planta: Foi divido na planta em três setores verticalmente, tentando
aproximar dos melhores resultados, a divisão
dos cartões representa o alvo da pulverização, por isso foi colocado nas partes
costais das folhas, verificando assim se as condições de pulverização são alcançada.Uma
vez o cartão hidrossensível em contato com a
água (gotícula), instantaneamente ele reage, liberando uma cor
característica, servindo com
indicador de umidade,se ele ficar recoberto de
pontos azuis , indica que o alvo foi atingindo.
1-
No primeiro teste com o cartão houve sucesso, na aplicação, pois
todos os cartões foram devidamente atingindo pela pulverização.
(mas os dados não poderiam ser analisados, como são hidrossensiveís,
foi colado no papel sulfite, e as colas são a base d’água, interferindo nos
resultados).
2-
No segundo teste com o cartão não houve sucesso na aplicação, foi
verificado que nenhum cartão foi atingido, constatou-se que houve falha na pulverização,
pois o ventilador não estava acionado, com isso o rendimento foi nulo.
3-
Já no terceiro teste houve sucesso, pois a maioria dos cartões foi
atingindo, e o, alvo era a parte costal das folhas e ficou claro, que, para
melhor pulverização devia-se estabelecer uma velocidade constante e através da
regulagem da pressão atingi o volume necessário para satisfação da pulverização.
4-
Calcular o rendimento operacional
5-
Formulas para o cálculo
Total de dias de operação em 500/ha.
Área (há)
|
500
|
Eficiência operacional
|
0,7
|
Jornada de trabalho(h)
|
12
|
Total de dias
|
23,1
|
Distancia percorrida(m)
|
4235,3
|
Faixa de aplicação(m)
|
4
|
6-
O objetivo era determinar através do cartão hidrossensível, se o
alvo da pulverização estava sendo atingindo com a regulação e a calibração do
pulverizador. E ficou concluído que
houve sim contato com o alvo. A velocidade e a pressão estavam dentro do limite
aceitável como regular, para melhor efeito foi sugerido que aumenta-se a pressão ou
reduzi-se a velocidade, dando condições para o veiculo (vento gerado pelo
ventilador) faça a troca do ar no microclima das plantas, aumentando assim a taxa de
deposição nas folhas.
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