domingo, 12 de maio de 2013

CALIBRAÇÃO E REGULAÇÃO DO PULVERIZADOR ARBUS-400 CAFÉ 

1.       Conceitos:
Regulagem é preparar o pulverizador para atender o objetivo de pulverização, fazendo com que suas principais funções sejam reguladas de acordo com a cultura a qual se deseje aplicar a calda do defensivo.
Calibração, já se define pelos ajustes finos, como determinação da pressão e do volume de aplicação.

2.       Principio de funcionamento de pulverizador turbo atomizador: Consiste em injetar uma pequena quantidade de calda  em uma corrente de ar. O fluxo de ar é gerado por um ventilador de rotor radial (centrífugo) e normalmente no final do tubo condutor (bico) há uma diminuição do diâmetro além de aumentar a velocidade fluxo de ar serve também para carregar e orientar as gotas formadas em direção ao alvo. As gotas formadas têm um diâmetro médio volumétrico que pode variar menor que 100 a maiores que 450 µm. A vazão pode variar de acordo com a regulagem do comando defensivo, quando diluído em água e ou óleo. São usados em culturas arbustivas nas quais o efeito da corrente de ar serve para aumentar a penetração e coberturas nas folhas internas da copa. Pode ser motorizado, costal, o canhão tratorizado.

3.       Objetivo:
Fazer a calibração e regulagem do pulverizador arbus, de acordo com a cultura, determinação do volume de aplicação, determinação da velocidade de trabalho, determinar a pressão adequada, verificar se o alvo foi atingindo através do cartão hidrossensível.
1.       Parâmetros e equipamentos utilizados:

Quadro 1: equipamentos passiveis de serem utilizados.
Parâmetros
Equipamentos
Velocidade do deslocamento
Trena, relógio e estacas.
Regulagem das aletas
Chave inglesa
Vazão de pontas
Calibrador de pulverizador graduado, relógio, cano PVC.
Velocidade do vento

Tamanho de gotas
Lupa, cartão hidrossensível.
Demarcação das partes escolhidas do café
Tiras de pano
Calculo do volume
Calculadora, papel e caneta.
1.       Quadro 2:Descrição do pulverizador

Empresa
Máquinas agrícolas Jacto
Categoria
Pulverizador atomizador
Classe
Arbus-400
Dimensões
Largura
1,10m
Comprimento
1,75m
Altura
1,57m
Capacidade
Tanque
400 litros
Bicos
Nº de bicos
16
Modelo
 Porta-bico com registro
Ramal de bicos
Latão
Tipo de bico
JA-2
Bomba
Modelo
JP/75
Pressão Max (kgf./cm²/lbf/pol²)
35/500
Modelo
EJ-250
Agitador da Calda
Com retorno hidráulico
Velocidade de trabalho
2 a 6 km/h





Especificações do trator agrícola

Maquina/empresa
Trator Fruteiro/Valmet
Potencia (cv)
75
Ano
1989
  
1.       Formulas e fatores de conversões utem:
1bar=14,55 lbf/pol²
1m/s=3,6km/h
1galão(USA)=3,785l/min.
1 ha =10.000m²

Formulas para calculo de volume de aplicação

Q= Volume de vazão
q= vazão total das pontas
v= velocidade de trabalho
f=faixa de aplicação (metro linear*espaçamento entre plantas)

1.       Atividade pratica
1-regulagem das aletas, verificar se a calda atingiram as ponteiras.
2-medição do trajeto que o trator ira percorrer equivalente a 50 metros
3-escolha de uma planta (café) que corresponda uniformemente à plantação.
4-cronometrar o tempo que o trator levou pra percorrer os 50 metros.
5-fazer coletas das pontas, determinar a vazão, em 30 segundos, depois multiplicar por dois a quantidade coletada no vaso calibrador.
6-fazer a coleta das amostras em quatro bicos sendo dois do lado direito e dois do lado esquerdo, na rotação de trabalho.

2.       Checar a velocidade do deslocamento do trator
A velocidade e determinada cronometrando-se uma passada em 50 m, na rotação e velocidade normal de trabalho. Para obter a velocidade em km/h, basta  dividir  180 elo tempo que foi gasto em 50 metros.
  Onde T=tempo gasto em segundos gasto para percorrer 50m.
1-Marque 50 metros no terreno a ser tratado
2-abasteça o pulverizador
3- selecione a marcha de trabalho.
4-ligue a toma de força.
5-acelere o motor ate a rotação correspondente a 540 RPM na tomada de força.
1.       Quadro 3:
Tempo(s)
Escalonamento
Trajeto(m)
Velocidade (km/h)
42,30
2º reduzida
50
5
43,35
2º reduzida
50
4,7

2.       Escolha da vazão e pressão de trabalho da ponta.
Amostras
Vazão(L)/min.
1-amostra
1,160
2-amostra
1,100
3-amostra
1,120
4-amostra
1,160
Media das quatro pontas
1,135
Media total (14 bicos)
15,89




3.       Determinação da vazão total dos bicos
A vazão necessária total Q(l/min.) poderá ser obtida a partir da velocidade do pulverizador V(km/h), taxa de aplicação necessária em l/ha onde taxa em litros por planta, nossa opção em l/ha ou l/plantas, e da largura da rua (m) ou espaçamento entre plantas na linha E(m) conforme nossa calibragem vai ser feita em l/ha e l/plantas.

Arbus 400(capacidade/l)
400
Q(l/plantas)
0,196
Espaçamento (m²)
4*1
Velocidade (km/h)
4,7
Dosagem (l/ha)
5
Total (l/tanque)
4,08

5.       Determinação dos tipos de ponta.


Vazão dos Bicos - Série JÁ
Bico
Pressão em lbf/pol2
Cor
Código
60
90
120
150
180
210
240
270
300
Vazão em litros/minuto
Branco
JA - 0,5
0,25
0,30
0,34
0,38
0,41
0,45
0,47
0,50
0,53
Azul
JA – 1
0,32
0,38
0,42
0,50
0,52
0,55
0,60
0,63
0,72
Marrom
JA - 1,5
0,43
0,52
0,59
0,66
0,71
0,77
0,82
0,87
0,90
Preto
JA – 2
0,64
0,76
0,86
1,00
1,04
1,13
1,22
1,28
1,42
Laranja
JA – 3
0,88
1,06
1,21
1,34
1,46
1,57
1,68
1,76
1,84
Vermelho
JA – 4
1,25
1,51
1,72
1,91
2,07
2,22
2,34
2,42
2,54
Verde
JA – 5
1,60
1,93
2,20
2,44
2,65
2,85
3,22
3,41
3,57

Quanto à vazão individual das pontas, embora a regra básica seja dividir o a vazão total necessária Q pelo número de pontas que estarão funcionando no pulverizador no caso de culturas perenes de copa cônica ou trapezoidais como café, maçã, etc. Recomenda-se ajustar o volume do líquido na cortina de ar proporcionalmente ao volume da copa da planta, isto é, se a metade inferior da copa ocupa, por exemplo, um volume de 2/3 do total e a metade superior ocupa um volume de 1/3 do volume total, os bicos de baixo que cobrirão 50 % da altura da copa devem ter 2/3 da vazão total, e os bicos que atingirão a metade superior da altura da copa deverão totalizar 1/3 da vazão total.
- Exemplo de distribuição de vazão proporcional ao volume da copa
Outro fator importante na pulverização e a escolha do tipo de bicos,nos pulverizadores atomizadores geralmente são utilizados bico de jato cone de ponta difusora, e a escolha entre cone cheio e cone vazio vai depender da largura da rua, e porte da copa ou altura e enfolhamento, que definirão (após o uso de cartão hidrossensível) o tamanho mais adequado das gotas.A escolha  da combinação correta de ponta difusor, deve-se verificar nas tabelas de pressão e  vazão do manual técnico qual a combinação dará necessária, numa pressão razoável

6.       Classificação quanto ao formato do jato
Jato Leque Plano Afilado – As pontas de jato leque plano afilado são as mais comumente utilizadas em barras de pulverização. Estas pontas produzem um jato de perfil triangular onde a maior parte da carga é depositada imediatamente abaixo do bico. As sobreposições dos jatos das pontas leque ao longo da barra permitem uma distribuição uniforme abaixo dela.

Leque Uniforme – Utilizado com pulverizadores costais ou outras aplicações individuais. Estas Pontas distribuem a carga uniformemente ao longo de sua faixa aplicada.

Leque Defletor – Também conhecido como pontas “bigorna" ou "flood", as pontas defletoras produzem ângulos maiores do que as pontas leque plano, quando operadas a baixas pressões (1 a 2 bar).

Cone Cheio – O corte transversal deste jato é um círculo cheio. Ideal para aplicações localizadas.

Cone Vazio – O corte transversal deste jato é uma circunferência vazia. Utilizado pulverizadores de barras tradicionais, quando é necessária uma boa cobertura em copas adensadas.

Jato Sólido – produz um fluxo reto da ponta de pulverização para o alvo.

Leque Excêntrico – forma um jato leque plano especificamente desenvolvido para aumentar o alcance da barra.
– Qualidade da Pulverização e as características de desempenho mais importantes de uma ponta de pulverização agrícola são o tamanho e a variação das gotas produzidas, ou a qualidade da pulverização que elas produzem. O desgaste e a compatibilidade interferem diretamente no resultado da aplicação.



Qualidade do
Spray
Tamanho das Gotas (DMV)mm*
Capacidade de molhamento
Melhor utilização
Potencial de deriva

Muito fina
<100
Excelente
Exceções
Alto
Fina
101-200
Muito boa
Boa cobertura

Media
201-300
Boa
Maioria dos produtos

Grossa
301-425
Moderada
Herbicidas sistêmicos

Extremamente grossa
>425
Pobre (baixa)
Herbicidas de solo



Muito pobre
Fertilizantes líquidos
Baixo




*Diâmetro Médio Volumétrico

7.       Determinação do volume de aplicação no café
1.1.1. Área experimental: O experimento foi conduzido numa do campus experimental da Fatec-Pompeia, localizado na Fundação Shunji Nishimura.

1.1.2. Cultura: A planta utilizada foi da espécie cofeea arábica, onde Foi escolhida uma planta que melhor representa a cultura e suas condições adversa, posto em suas folhas com um grampeador os cartões hidrossensíveis.

1.1.3. Setores de amostragem da planta: Foi divido na planta em três setores verticalmente, tentando aproximar dos melhores resultados, a  divisão dos cartões representa o alvo da pulverização, por isso foi colocado nas partes costais das folhas, verificando assim se as  condições de pulverização são alcançada.Uma vez o cartão hidrossensível em contato com a 
água (gotícula),  instantaneamente ele reage, liberando uma cor característica, servindo com 
indicador de umidade,se ele ficar recoberto de pontos azuis , indica que o alvo foi atingindo.

1-      No primeiro teste com o cartão houve sucesso, na aplicação, pois todos os cartões foram devidamente atingindo pela pulverização.
(mas os dados não poderiam ser analisados, como são hidrossensiveís, foi colado no papel sulfite, e as colas são a base d’água, interferindo nos resultados).

2-      No segundo teste com o cartão não houve sucesso na aplicação, foi verificado que nenhum cartão foi atingido, constatou-se que houve falha na pulverização, pois o ventilador não estava acionado, com isso o rendimento foi nulo.

3-      Já no terceiro teste houve sucesso, pois a maioria dos cartões foi atingindo, e o, alvo era a parte costal das folhas e ficou claro, que, para melhor pulverização devia-se estabelecer uma velocidade constante e através da regulagem da pressão atingi o volume necessário para satisfação da pulverização.

4-      Calcular o rendimento operacional

5-      Formulas para o cálculo

Total de dias de operação em 500/ha.

Área (há)
500
Eficiência operacional
0,7
Jornada de trabalho(h)
12
Total de dias
23,1
Distancia percorrida(m)
4235,3
Faixa de aplicação(m)
4

6-      O objetivo era determinar através do cartão hidrossensível, se o alvo da pulverização estava sendo atingindo com a regulação e a calibração do pulverizador. E  ficou concluído que houve sim contato com o alvo. A velocidade e a pressão estavam dentro do limite aceitável como regular, para melhor efeito  foi sugerido que aumenta-se a pressão ou reduzi-se a velocidade, dando condições para o veiculo (vento gerado pelo ventilador) faça a troca do ar no microclima das plantas, aumentando assim a taxa de deposição nas folhas.






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